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sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Morre aos 56 anos Steve Jobs, ex-CEO da Apple


Executivo, que voltou à Apple oficialmente em 1997, levou a companhia a superar o valor de mercado da Microsoft.

Steve Jobs, ex-CEO e um dos fundadores da Apple, morreu nesta quarta-feira (5) aos 56 anos. A informação acaba de ser confirmada pelo site da Apple.
O executivo vinha se tratando de um câncer há anos. Jobs morreu "tranquilamente" ao lado de seus familiares nesta quarta-feira, informou a família em nota à imprensa.
"O brilho de Steve, sua paixão e energia foram a fonte de inúmeras inovações que enriqueceram e melhoraram nossa vida. O mundo ficou incomparavelmente melhor por causa dele", diz o comunicado da empresa.
Homenagem na página inicial da Apple
Com Jobs no comando, a Apple abalou o mercado de PCs no fim dos anos 90 com o iMac, colocou a  música digital em um novo patamar com o iPod e o iTunes, revolucionou a indústria de telefonia celular  com o iPhone e, recentemente, abalou o mercado de tablets com o iPad. Durante seu exílio da Apple entre 1985 e 1997, Jobs fundou a NeXT, onde as sementes do futuro do hardware e software da Apple foram plantadas, e levou a Hollywood a Pixar, que se tornou uma titã dos filmes de animação. 
Em abril do ano passado, os fortes resultados da companhia no comando de Steve Jobs levaram sua empresa (então cotada a 200 bilhões de dólares) a superar o valor de mercado da Microsoft. No último trimestre de 2010 (o primeiro período fiscal de 2011), a Apple  teve lucro líquido de 6 bilhões dólares (crescimento de 78%), com 6,43 dólares por ação.

Saúde Debilitada
O polêmico executivo enfrentou vários problemas de saúde nos últimos anos. Em agosto de 2004, foi diagnosticado com câncer no pâncreas, o que exigiu uma operação. No mês seguinte, ele já estava trabalhando. Mas seu estado de saúde começou a chamar a atenção. Em 2006, ele estava notavelmente mais magro, a ponto de ser descrito como “esquelético”. Em 2008, a empresa afirmou que ele estava sofrendo de um “doença comum” e tomando antibiótico para combatê-la.



Os rumores ganharam mais força em agosto de 2008, quando a Bloomberg publicou erroneamente o obituário de Jobs. Mesmo não trazendo uma data e "causa da morte", e apesar do site ter removido a notícia rapidamente e publicado uma retratação, a saúde do executivo continuou como tópico, gerando várias notícias especulativas sobre o futuro da Apple sem Jobs.
Jobs: saúde debilitada nos últimos anos
Em janeiro de 2009, Jobs revelou em uma carta que um desequilíbrio hormonal havia causado sua perceptível perda de peso. Na época, ele disse que continuaria como CEO, não oferecendo mais detalhes sobre o tratamento, dizendo apenas que era algo simples.
Cerca de uma semana depois, ele anuncia que tiraria uma licença médica da Apple até junho para tratar sua condição médica, que ele disse ter mudado. Nem a Apple nem Jobs revelaram informações sobre sua doença. O COO da empresa, Tim Cook, assumiu as operações cotidianas no lugar de Jobs. No final de junho daquele ano, ele voltou ao trabalho. Em junho foi divulgada a informação de que ele havia passado por um transplante fígado.
Em janeiro de 2011, Jobs anunciou mais uma licença médica de seu cargo na Apple, sem especificar qual a razão para isso e quanto tempo ficará afastado. Mais uma vez, o COO Tim Cook assumiu suas tarefas diárias.

Apple I, Mac, iPod, iPhone...

Steve Jobs foi, entre outras coisas, responsável pelo lançamento de um dos primeiros computadores pessoais, o Apple I, juntamente com “o outro Steve”,Wozniak, ou Woz, como também é conhecido. Nessa dupla de Steves, Jobs era o especialista em divulgar o produto, enquanto Woz focava mais nos aspectos técnicos do aparelho. O papel de destaque de Jobs era como um esperto negociador de produtos, que combinavam novas tecnologias com design atraente, e um talentoso administrador de equipes criativas.
Jobs, ao lado de Wozniak, nos primeiros anos da Apple
Logo no começo, Jobs entendeu as capacidades de um computador e reconheceu o valor da impressora a laser e da interface gráfica de usuário, diz o diretor da Intel Corp, Andy Grove. Ele também afirmou que Jobs foi o líder mais inspirador do Vale do Silício, na Califórnia, EUA.
As habilidades de empreendedorismo do executivo começaram logo cedo, quando em 1968 ele e um amigo criaram e venderam juntos a “blue box”, um acessório ilegal para telefone que permitia que os usuários realizassem ligações de longa distância. Além disso, ele vendeu e consertou aparelhos de som durante seus anos no ensino médio.
Quando jovem, Jobs entrou de cabeça na chamada contracultura. Em 1974, ele gastou as economias guardadas a partir de seu emprego na Atari para viajar até a Índia, onde buscou iluminação espiritual. Ele também namorou o ícone cultural Joan Baez, quando estava na casa dos 20 anos. Seu cantor favorito é Bob Dylan (que curiosamente também já namorou Joan Baez), a quem ele começou a ouvir aos 13 anos de idade.
Wozniak e Jobs ficaram amigos após se conhecerem em 1971. Cinco anos depois, eles construíram o computador Apple I na garagem dos pais de Wozniak, após levantarem cerca de 1.750 dólares – para conseguir a quantia, Jobs vendeu seu microônibus Volkswagen e Wozniak sua calculadora científica da HP.
No mesmo ano, a dupla fundou a Apple Computer Co., nomeada após Jobs passar um verão trabalhando em um pomar em Oregon. A companhia mudou o nome para Apple Computer Inc. cerca de um ano depois. O segundo computador da empresa, o Apple II, foi um sucesso, registrando vendas de cerca de 140 milhões de dólares entre 1977 e 1979.
A introdução do Macintosh pela Apple em 1984 aumentou o valor da “aposta” em computadores desktop e identificou Jobs como um visionário no cenário da computação pessoal. O Mac rodava um processador de 32-bit (em comparação a processadores 16-bit de outros computadores da época) e tinha 128kbytes de memória, expansível para 192kbytes. O aparelho foi um sucesso imediato, com mais de 400 mil unidades vendidas em seu primeiro ano nas lojas.
Macintosh: 400 mil unidades vendidas no primeiro ano
Longe da Apple
Em 1985, Jobs e John Sculley, então presidente e CEO da “maçã”, brigaram em razão de diferenças filosóficas sobre como dirigir a empresa, resultando na saída de Jobs da Apple. Ele saiu da companhia que ajudou a fundar com nada menos que 150 milhões de dólares e iniciou sua próxima aventura, a Next Computer Inc., que alcançou sucesso razoável.
Além de iniciar a Next, Jobs comprou a companhia de animação Pixar de George Lucas por 10 milhões de dólares em 1986. Com o tempo, o estúdio tornou-se uma grande força em Hollywood. Desde 1986, a Pixar criou cinco dos filmes de animação em língua inglesa de maior sucesso de todos os tempos: “Toy Story” (1995), “Vida de Inseto” (1998), “Toy Story 2” (1999), “Monstros S.A.” (2001) e “Procurando Nemo” (2003). Para se ter uma ideia, esses longas renderam mais de 2 bilhões de dólares em bilheteria no mundo todo. A Pixar também ganhou mais de 100 prêmios e indicações para filmes de animação, comerciais e contribuições técnicas. “Toy Story” inclusive ganhou um Oscar em 1995.
Em 1996, Jobs voltou para a Apple, que comprou sua companhia, a Next Computer. Ele foi nomeado CEO interino em 1997 e ajudou a reviver a empresa - que não estava indo bem financeiramente na época - com uma leva de anúncios de produtos nas áreas de hardware e software. Dessa leva, os maiores sucessos ficaram por conta do iMac e do sistema operacional Mac OS, que ajudaram a melhorar a situação financeira da Apple.
Depois, Jobs colocou a Apple na indústria musical com o lançamento do iPod, um tocador portátil de grande sucesso, em 2001, e com a loja online iTunes Music Store, em 2003. Neste mesmo ano, Jobs reafirmou seu status como um visionário ao anunciar o PowerMac G5, o primeiro computador desktop de 64-bit, superando, assim, gigantes do mercado de chips como a Intel e a Advanced Micro Devices.
Em agosto de 2004, pouco após Jobs ser operado para remover um tumor maligno de seu pâncreas, a Apple apresentou o computador pessoal iMac G5 de 64-bit, a próxima geração da altamente popular série de computadores da companhia.
Em junho do ano seguinte, o CEO afirmou durante a WWDC que em 2006 a Apple lançaria Macs baseados em chips Intel, o que aconteceu seis meses depois, com o lançamento do MacBook Pro e do iMac. Em agosto, a companhia tinha feito a transição completa para seus computadores usarem chips da Intel.
Em janeiro de 2007, durante a Macworld, Jobs apresentou o primeiro iPhone e a Apple TV, seguido por um anúncio no mês seguinte de que a companhia ofereceria músicas livres de DRM (gestão de direitos digitais) na sua iTunes Store.
Mas o estado de saúde de Jobs começou a chamar cada vez mais atenção quando ele aparecia em público. Em 2006, ele estava notavelmente mais magro do que jamais havia estado, a ponto de ser descrito como “esquelético”. Após sua keynote na Macworld de 2008, a empresa afirmou que ele estava sofrendo de um “doença comum” e tomando antibiótico para combatê-la. Jobs e outras pessoas teriam dito que seu problema de saúde não era perigoso a ponto de “ameaçar sua vida” e que não envolviam a volta do câncer pancreático.
Tim Coock: no comando da Apple
Os rumores ganharam mais força em agosto de 2008, quando a Bloomberg publicou erroneamente o obituário de Jobs. Mesmo não trazendo uma data e "causa da morte", e apesar do site ter removido a notícia rapidamente e publicado uma retratação, a saúde do executivo continuou como tópico, gerando várias notícias especulativas sobre o futuro da Apple sem Jobs.
Nos anos após ter retornado para a Apple e sua subida como um líder da indústria, a interconexão entre Jobs e a companhia também era uma fonte frequente para discussões e assunto para novas reportagens.
Em janeiro de 2009, Jobs revelou em uma carta que um desequilíbrio hormonal havia causado sua perceptível perda de peso. Na época, ele disse que continuaria como CEO, não oferecendo mais detalhes sobre o tratamento, dizendo apenas que era algo simples e direto.
Cerca de uma semana depois, ele anuncia que tiraria uma licença médica da Apple até junho para tratar sua condição médica, que ele disse ter mudado. Nem a Apple nem Jobs revelaram informações sobre sua doença. O COO da empresa, Tim Cook, assume as operações cotidianas no lugar de Jobs. No final de junho daquele ano, a Apple confirma a volta de Jobs ao trabalho.
IPad: o primeiro tablet popular
A vez dos tablets
Em janeiro de 2010, Jobs apresenta o iPad, novo produto da linha de gadgets móveis da companhia, como sendo um “produto verdadeiramente mágico e revolucionário” e algo “entre um laptop e um smartphone”. O tablet é lançado em abril daquele ano nos Estados Unidos, vendendo mais de 3 milhões de unidades em três meses. O aparelho chega oficialmente ao Brasil apenas oito meses depois.
No final do mesmo mês, após banir o Flash dos aparelhos móveis da Apple, Steve Jobs publica uma carta aberta detonando a plataforma da Adobe.
Em junho de 2010, Jobs apresenta o aguardado iPhone 4 durante a WWDC, em São Francisco, nos EUA. O aparelho representa a maior revisão desde seu lançamento em 2007. Além disso, com 1,7 milhão de unidades vendidas em 3 dias, o smartphone torna-se o produto de maior sucesso já lançado pela empresa, segundo Jobs. O iPhone 4 chegou ao Brasil com menos atraso do que o iPad, desembarcando por aqui em setembro.
Apesar do sucesso, o iPhone 4 encontra alguns problemas, mais notavelmente com o sinal, que apresentava sensível quando o aparelho era segurado de determinada maneira (em razão de sua antena externa). Para “solucionar” isso, Jobs anuncia, em julho, a distribuição de cases gratuitos para os donos do smartphone.
No tradicional evento de música da empresa, em setembro, Jobs apresenta a nova linha de iPods Touch (com câmera e tela melhor), Nano (agora com tamanho parecido ao do Shuffle) e do próprio Shuffle (que volta ao design da 2ª geração), além da segunda geração da Apple TV, muito menor e baseada em transmissão de conteúdo via streaming.
Em janeiro de 2011, Jobs anuncia com um e-mail para seus funcionários mais uma licença médica de seu cargo na Apple, sem especificar qual a razão para isso e quanto ficará afastado. Mais uma vez, o COO Tim Cook assume suas tarefas diárias. Pouco tempo depois, surgem boatos de que Jobs ainda estaria participando das principais decisões da companhia, mesmo de longe.
Em fevereiro, veículos sensacionalistas publicam rumores sobre Jobs possuir pouco tempo de vida – em razão de uma foto em que o executivo estaria muito magro. No entanto, no mesmo mês o executivo comparece a um jantar com o presidente americano Barack Obama e outros líderes de tecnologia do Vale do Silício.
Jobs (de costas) ao lado do presidente Barack Obama
Logo depois, Steve Jobs apareceu no palco durante o lançamento do iPad 2, em março, e em Junho durante a apresentação no iCloud e do iOS 5 no evento Worldwide Developers Conference (WWDC 2011). Neste último, Jobs já estava cansado, mas falou com muito entusiasmo sobre o novo iPad. 
Dois meses mais tarde, Jobs se afastou do cargo de CEO (Chief Executive Officer) da Apple. Para seu lugar, a companhia nomeou o COO Tim Cook, que já ocupava o lugar de Jobs desde janeiro deste ano, quando o cofundador da companhia saiu de licença médica. No release sobre o assunto, a empresa destacou "a visão e liderança extraordinárias" de Jobs, que esteve a frente dos maiores sucessos da empresa, incluindo hits recentes como o iPhone o iPad.
“Eu sempre disse que se chegasse um dia em que eu não pudesse mais atender minhas expectativas e deveres como CEO da Apple, seria o primeiro a deixá-los sabendo. Infelizmente, esse dia chegou”, disse Jobs em uma carta de renúncia endereçada à “Diretoria da Apple e à comunidade da Apple.”
Depois do afastamento, o programa What’s Trending, da rede norte-americana CBS divulgou via Twitter no dia 9/9/2011 que Steve Jobs havia morrido, mas removeu a mensagem momentos após a publicação. Os rumores prosseguiram enquanto a Apple não publicou nenhuma declaração oficial.
Quase um mês mais tarde, no dia 5 de outubro de 2011, a Apple informou a morte de Steve Jobs com uma homenagem na página inicial da empresa.

Linha do tempo
Steven Paul Jobs –  nascimento: 24/2/1955
1955 – Nasce em Los Altos, Califórnia, filho de Joanne Simpson (o nome de seu pai não é conhecido).
1955 – Adotado na infância por Paul e Clara Jobs em São Francisco, Califónia. Cinco meses depois mudam-se para Mountain View, no mesmo estado.
1969 – Recebe uma oferta de emprego de verão na HP (Hewlett-Packard).
1971 – Conhece Steve Wozniak, com quem funda a Apple anos depois.
1972 – Forma-se na Homestead High School, em Los Altos.
1972 – Larga a faculdade Reed College, em Portland, Oregon, após um semestre de aula.
1974 – Começa a trabalhar na Atari Inc. como técnico.
1975 – Começa a freqüentar os encontros do “Homebrew Computer Club”, que discutiam computadores domésticos.
1976 – Jobs e Wozniak levantam 1.750 dólares e constroem seu primeiro computador de mesa comercial, o Apple I.
1976 – Funda a Apple Computer Company com Wozniak e Ronald Wayne (que vende sua parte duas semanas depois).
1976 – Lança o Apple I por 666,66 dólares, o primeiro computador em placa-única (single-board) com uma interface de vídeo e uma ROM (Read Only Memory) a bordo, que dizia à máquina como rodar programas a partir de uma fonte externa.
1977 – Nasce a Apple Computer Inc.
1977 – A Apple lança o Apple II, o primeiro computador pessoal amplamente usado no mundo.
1978 – Nasce sua primeira filha com Chris-Ann, chamada Lisa Nicole.
1979 – Início do desenvolvimento do Macintosh.
1980 – É lançado o Apple III.
1981 – Jobs se envolve pessoalmente no desenvolvimento do Macintosh.
1983 – Recruta John Sculley como presidente e CEO da Apple.
1983 – Anuncia “Lisa”, o primeiro computador controlado por mouse, que fracassa no mercado.
1984 – A Apple lança o Macintosh com uma grade campanha no Super Bowl.
1985 – Ganha a Medalha Nacional de Tecnologia do então Presidente norte-americano Ronald Reagan.
1985 – Jobs sai da Apple após diferenças com Sculley. Ao sair, ele leva junto cinco funcionários da companhia.
1985 – Funda a empresa Next Inc., para desenvolver hardware e software. A companhia depois foi renomeada para Next Computer Inc.
1986 – Compra a Pixar de George Lucas por menos de 10 milhões de dólares – a empresa depois foi renomada para Pixar Animation Studios.
1989 – A Next lança o computador NeXT Computer (US$ 6.500), também conhecido como The Cube. O aparelho possui um monitor monocromático, mas fracassa no mercado.
1989 – A Pixar vence o Oscar de Animação com o curta-metragem “Tin Toy”.
1991 – Casa com Laurene Powell, com quem possui três filhos e é casado até hoje.
1992 – Next lança o sistema operacional NEXTSTEP para os processadores 486, da Intel. Ele falha frente à concorrência com o Windows, da Microsoft, e o OS/2, da IBM.
1993 – Next fecha a divisão de hardware e muda o foco apenas para software.
1995 – A animação “Toy Story”, da Pixar, alcança a maior bilheteria do ano nos cinemas dos EUA.
1996 – A Apple compra a Next Computer por 427 milhões de dólares em dinheiro e ações. Jobs torna-se conselheiro do presidente Gilbert F. Amelio.
1997 – Torna-se CEO e presidente interino da Apple, após a saída de Amelio. O salário de Jobs é de 1 dólar.
1998 – Apple lança o computador “tudo-em-um” iMac, que vende milhões de unidades, revivendo financeiramente a empresa e aumentando o valor de suas ações em 400%.
1998 – Apple volta a ter rentabilidade, registrando quatro trimestres lucrativos em seguida.
2000 – Jobs retira o termo “interino” de seu cargo.
2001 – É lançado o sistema operacional da próximo geração, o OS X, baseado em Unix, com upgrades ao longo dos anos.
2001 – Apple faz sua primeira incursão no mercado de produtos eletrônicos com o lançamento do iPod, que registrou mais de 2 milhões de unidades vendidas em 2004 e sacudiu o mercado de música.
2002 – Lança a versão com tela plana  do iMac. A empresa estampa a capa da revista “Time” naquele ano e vence vários prêmios de design.
2003 – Steve Jobs anuncia a loja iTunes Music Store, que vende músicas e álbuns.
2003 – Jobs lança o computador pessoal PowerMac G4 de 64-bit.
2004 – É lançado o iPod Mini, uma versão menor do iPod original.
2004 – Em fevereiro, Jobs encerra a parceria altamente bem-sucedida entre a Pixar e a Disney para a produção e distribuição das animações da Pixar.
2004 – Em agosto, Jobs é diagnosticado com câncer no pâncreas e é operado. Ele se recupera e volta ao trabalho no mês seguinte.
2004 – Sob a supervisão de Jobs, a Apple anuncia seus melhores números num quarto trimestre em quase 10 anos, ajudada pelo ressurgimento de sua rede de varejo e pelas vendas do iPod. A receita do período é de 2,35 bilhões de dólares.
2005 – Durante sua conferência anual WWDC, a Apple anuncia que está deixando de usar processadores PowerPC, da IBM, em seus computadores para adotar os processadores da Intel.
2007 – Jobs anuncia o iPhone, o primeiro smartphone sem um teclado físico, durante o evento Macworld Expo.
2008 – Em dezembro, a Apple anuncia que Jobs não realizará mais a keynote da Macworld Expo 2009 nem estará presente no evento. Esse fato imediatamente inicia especulações sobre sua saúde. Além disso, a companhia anuncia que não participará mais da exposição após essa edição.
2009 – No início de janeiro, Jobs revela que sua grande perda de peso foi causada por uma disfunção hormonal. Na época, ele afirmou que sua condição não atrapalharia suas habilidades para atuar como CEO.
2009 – Em junho, o Wall Street Journal noticia que Jobs passou por um transplante de fígado. Depois um hospital do Tennesse publica uma declaração confirmando a operação. Apple confirma que Jobs retornou ao trabalho no final deste mês.
2010 – No final de janeiro, Jobs apresenta o iPad como um produto “verdadeiramente mágico e revolucionário”.
2010 – iPad chega às lojas dos EUA no mês de abril, vendendo pouco mais de 3 milhões de unidades nos três primeiros meses.
2010 – Após banir o Flash dos aparelhos móveis da Apple, Steve Jobs publica uma carta aberta detonando o formato da Adobe no final de abril.
2010 – Em junho, Jobs apresenta o iPhone 4, que chega às lojas dos EUA no mesmo mês, vendendo nada menos que 1,7 milhão de unidades em
apenas 3 dias.
2010 – No tradicional evento de música da empresa, em setembro, o executivo apresenta a nova linha de iPods e a nova Apple TV.
2011 – Na metade de janeiro, Jobs anuncia mais uma licença médica da Apple, sem especificar, no entanto, as razões e a duração do afastamento. Tim Cook assume novamente suas tarefas diárias.
2011 – Apesar de boatos sensacionalistas darem conta de que Jobs teria pouco tempo de vida, o executivo é visto, em fevereiro, em um jantar com o presidente americano Obama e outros líderes do Vale do Silício.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Digital Age: Em quatro meses, tráfego via dispositivos móveis aumentou 60% no País


"Nada parecido em nenhum outro lugar" afirma comScore. Ibope, Serasa Experian e Navegg também revelaram dados inéditos sobre a Internet no Brasil.

“Em Deus confiamos. Quanto aos outros, que tragam dados”. A célebre frase do estatístico americano Edwards Deming foi lembrada por Juliano Marcílio, presidente de marketing da Serasa Experian. A palestra, afinal, da qual faziam parte os executivos da comScore, do Ibope Nielsen e do Navegg, além do próprio Marcílio, servia para apresentar estatísticas inéditas a respeito da Internet no Brasil.
Os quatro preferiram concentrar em números específicos – que sugerem uma mudança de comportamento dos internautas – em vez de apresentar um panorama geral. Alex Banks, diretor-geral da comScore, por exemplo, destacou o crescimento das plataformas móveis no País. “Em quatro meses, o tráfego gerado por smartphones e tablets aumentou em 60%. Não vimos nada parecido em nenhum outro lugar o mundo”, afirmou nesta quinta-feira (29/09), durante o Digital Age - evento de marketing digital, promovido pela Now!Digital Business.
A audiência a partir desses dispositivos ainda é modesta: representa apenas 1% dos pageviews no Brasil – nos Estados Unidos e Reino Unidos, sobe para 7%. O que chama a atenção é que em blogs e sites de jornais o índice mais que dobra (2,5%), e em portais de tecnologia, quadruplica (4%).
Outra questão interessante é o sucesso dos tablets entre os brasileiros. Quase 40% do tráfego via dispositivos móveis parte desses aparelho, enquanto que nos Estados Unidos – onde a moda chegou antes por conta do iPad – o número não passa dos 30%. Aqui no Brasil a a navegação gerada a partir de iPads (34,3%) já supera a gerada a partir de samartphones como o iPhone (20,9%) e Android (14,5%) e dos chamados Feature Phones. Banks explicou o porquê dessa surpreendente divisão, mas não negou que um dos motivos pode ser o alto valor cobrado pela navegação 3G por aqui – se for para acessar a Internet em casa, por Wi-fi, que seja por uma tela maior.
Juliano Marcílio, da Serasa Experian, também mostrou dados impressionantes. “Para essa conferência, resolvemos nos tornar verdadeiros caçadores de mitos”, disse. Primeiro, quis desqualificar a tese de que a web no Brasil é extremamente concentrada. De fato, os 120 sites mais visitados representam 75% da audiência nacional, enquanto que os outros 350 mil ficam cm os 25% restantes.
No entanto, se o Orkut for retirado da estatística, a situação muda de figura. Para chegar ao índice de 75%, seriam necessários os 50 mil portais mais acessados, não mais os 120 citados anteriormente. Sim, a rede social da Google continua soberana no País, embora, segundo o próprio executivo deverá ser igualada pelo Facebook já no começo do ano que vem.
Quanto ao à utilização da Internet pelo Brasil, o sudeste responde por 61% dos acessos. No entanto, nos últimos seis meses, perdeu 6% de participação, enquanto que o norte ganhou 35%. A tendência é que nos próximos anos a distribuição se equilibre – embora a região mais rica deva continuar na liderança, pois é também a mais populosa.
A publicidade nas mídias digitais foi a primeiro assunto desenvolvido por Fabia Juliasz, CEO do Ibope Nielsen. Ela concorda que o índice oficial – que dá 5% do bolo para a web – não está correto, por não considerar as empresas de e-commerce nem os links patrocinados em ferramentas de busca. “Acredito que a parcela correta é de 10%”, afirmou. “E até 2020, deverá atingir 20%”.
O número de internautas brasileiros – já são quase 80 milhões – tem crescido a uma taxa de 25% anualmente. Isso repercute, por exemplo, no varejo, já que o comércio online corresponde um décimo das vendas do setor.
O principal, porém, é que a população modificará sua postura a curto prazo. Cada vez mais, ela tem consumido conteúdos diferentes nas mais diversas plataformas e, o que é mais incrível, simultaneamente. A classe AB entra na Internet e assiste à TV ao mesmo tempo – e confia mais na web do que nos jornais para se informar – e a classe C ouve rádio e lê os periódicos – e acredita mais neles do que nos portais. A DE também prefere o rádio, mas em vez dos diários, lê revistas enquanto o escuta.
O fundador do Navegg, Pedro Cruz, ressaltou que é importante observar os interesses dos usuários para saber onde investir. “O poder aquisitivo das mulheres nunca esteve tão grande, e 5 milhões delas visitam portais de beleza”. É uma boa forma de atingir uma audiência específica, já que os homens respondem por apenas 13% do tráfego dessas páginas.
Por fim, todos concordaram que a publicidade na Internet é mais eficiente quando no formato vídeo. As TVs conectadas e o conteúdo sob demanda tem potencial para alterar o paradigma fundado pelos canais televisivos, de propagandas com apenas 30 segundos. Destacaram, no entanto, que a interação com o público deve se dar em todos os meios, saindo do online e chegando ao offline, ou partindo do real e chegando ao virtual. Se os clientes utilizam diversos veículos, é preciso alcançá-los onde quer que estejam.
Fonte: Idg Now!